segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Poesia e dor em Oração
Choro o pranto da purificação
Mas a lágrima que não caiu em vão,
Não se espatifou em meu rosto
E nem sequer bastou ao meu sofrimento,
Brota e inunda minh’alma.
Ao calvário! Ordena-me a vida,
Crucifica a culpa que teu peito arrebenta
E divide com a poesia esse teu amargo pranto,
Mas meu deserto em sangue se desfaz
Escorrendo pelas áridas dunas de tempo perdido
E ele, inumano, povoa rios com a dor da mais pura ausência,
E mares com imensas ondas da minha mortificação.
Sacrificai-me Senhor!
A teus pés imploro.
Vinde a mim
a tua ira.
e leva a tua misericórdia
para quem tanto amo
e que tanto vos tem ofendido. Amém!
LÍGIA SAAVEDRA
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