segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O Amor Está no Ar


Vem comigo, amor!
Contemplemos juntos a imensidão do mar.
Os primeiros raios de sol iluminam o meu coração.
A brisa suave traz-me a esperança
e o canto dos pássaros é a nossa canção.
Caminhemos pelas praias dos sonhos
e deixemos nossas pegadas nas areias da emoção.

Vem comigo!
Voemos no céu azul da liberdade.
Andemos nas nuvens da imaginação.
Busquemos abrigo da chuva da solidão
e encontremos refúgio sob o arco-íris da eternidade.

Vem comigo,amado amigo!
Vê que o meu amor por ti é infinito.
Encontra em meus lábios cascatas de beijos
e nos meus abraços um lago de paixão.
Banhemos nossos corpos nas fontes da felicidade
e para longe as ondas levarão toda a saudade.

Vem comigo, amor meu!
Um novo dia já amanhece
e nos convida a despertar.
Voa pelos jardins do encantamento,
nos rastros das flores que para ti deixei.
Quando chegar, acene com alegria.
O amor está no ar!
Vivamos esta euforia!

Alma Desnuda




Eu me permito...
Ser lambida pela brisa
Ser lavada pela chuva
Acariciar sua pele lisa
Degustar seu beijo de uva!

Eu me permito...
Ser banhada pelo mar
Ser aquecida pelo sol
Te abraçar e te beijar
Na hora do arrebol!

Eu me permito...
Voar nas asas do vento
Flutuar junto à lua
Desvendar seus pensamentos
Deixar sua alma nua!

Eu me permito...
Ouvir a sua metade que é grito
E o silêncio da outra metade
No silêncio eu acredito
No grito, escuto debilidade!

Eu me permito...
Entregar-me a sua humana ternura
Navegar na sua inspirada poesia
Lambuzar-me na sua doçura
Nos devaneios da fantasia!

Eu me permito...
Ser envolvida pela sua sedução
Dar-te o direito de invadir meu coração
Sentir seu encanto versejado
Deste meu vício desejado!

E só permito...
Porque você também me permitiu...
Mostrou-me o seu avesso...
Seu amor que eu mereço...
O seu vinho embriagante...
Numa noite alucinante...
Entre gemidos ofegantes!...

E nesta recíproca permissão
Corpos plenos...
Almas desnudas...
Cumplicidade... Paz!...

Carmen Vervloet

Um Amor Para Amar!!!



Tudo mudou...
Meu mundo girou...
Algo acabou...
Mas eu estou aqui...
Vou desafiar meu destino...
Sem ter medo do perigo...

Vou dar a volta em minha tristeza...
Sem medo de ser feliz...
Vou correr todos os riscos...

Não sou exigente...
Apenas estou carente...
Desejando um amor...
Para amar...

Mas um pedido eu faço...
Que meu pretendente não...
Tenha medo do perigo...
De correr os riscos comigo...

Que toque violino...
Que seja um anjo de candura...
E saiba me seduzir...
Que seja cigano ou feiticeiro...
Na hora de amar...

Que seja pobre ou rico...
Não importa...
Desejo apenas que seja nobre...
De alma e coração...
Que use toda a verdade...
Sem mentiras para não haver magoas...

Assim como as flores...
Da natureza a desabrochar...
Serei eu um anjo...
Uma fada ou feiticeira...
Buscando um amor para...
Meu pobre coração...


Vania Staggemeier

Nosso Amor





Já é outono em minha vida

mas meu coração

ainda não mudou de estação.

O amor me rejuvenesce,

assim como a primavera

faz renascer a vida

em cada botão,em cada semente

que desabrocha.

O meu amor refletido

em seus olhos

é como a luz do sol

em dia claro de verão.

O seu amor

cálido, aconchegante

espanta as nuvens sombrias

e o frio das noites de inverno.

Ah! o seu amor, o nosso amor,

brisa suave de beira-mar,

vento cortante da tempestade,

abre as janelas do meu peito

e me completa,

me faz sentir mulher

em todos os sentidos,

em todas as estações.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Lei Maria da Penha


  
Conhecida como Lei Maria da Penha a lei número 11.340 decretada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva em 7 de agosto de 2006; dentre as várias mudanças promovidas pela lei está o aumento no rigor das punições das agressões contra a mulher quando ocorridas no âmbito doméstico ou familiar. A lei entrou em vigor no dia 22 de setembro de 2006, e já no dia seguinte o primeiro agressor foi preso, no Rio de Janeiro, após tentar estrangular a ex-esposa.

O nome

A farmacêutica Maria da Penha, que dá nome à lei contra a violência doméstica.

O caso nº 12.051/OEA de Maria da Penha (também conhecida como Leticia Rabelo) Maia Fernandes foi o caso homenagem a lei 11.340. Agredida pelo marido durante seis anos. Em 1983, por duas vezes, ele tentou assassiná-la. Na primeira com arma de fogo, deixando-a paraplégica, e na segunda por eletrocução e afogamento. O marido de Maria da Penha só foi punido depois de 19 anos de julgamento e ficou apenas dois anos em regime fechado.

Em razão desse fato, o Centro pela Justiça pelo Direito Internacional (CEJIL) e o Comitê Latino-Americano de Defesa dos Direitos da Mulher (CLADEM), juntamente com a vítima, formalizaram uma denúncia à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA que é um órgão internacional responsável pelo arquivamento de comunicações decorrentes de violação desses acordos internacionais.

Críticas Positivas

A juíza Andréia Pachá considera a lei um marco na luta contra a violência doméstica, segundo ela "Eu acho que muito mais do que um problema com conseqüências graves, a violência doméstica é fruto da ignorância. A maioria dos segmentos da sociedade, incluindo a Igreja Católica, consideraram a lei muito bem-vinda. Inclusive em 1990 a Campanha da Fraternidade, instituída pela CNBB, escolheu o tema “Mulher e Homem — Imagem de Deus”, fazendo clara referência a igualdade de gêneros. Na Câmara, a deputada representante da bancada feminina Sandra Rosado do PSB, chamou a atenção de suas companheiras para a aplicação da lei com rigor e prioridade.

Os Evangélicos também consideram a lei importante. A Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), por exemplo, elaborou uma cartilha onde condena severamente a violência praticada contra a mulher, “Temas e conversas – pelo encontro da paz e superação da violência doméstica”. Curiosamente, a própria Bíblia condena toda forma de violência contra o assim chamado "sexo frágil", em diversas passagens do Novo Testamento.

Críticas Negativas

Alguns críticos alegam que, embora mais rara, a violência contra o homem também é um problema sério, minorizado pela vergonha que sentem em denunciar agressões sofridas por parte de companheiras agressivas. É caracterizada pela coação psicológica, estelionato (como casamentos por interesse), arremesso de objetos e facadas.

Um dos pontos chave é que o artigo 5º da constituição garante direitos iguais a todos, portanto o termo "violência contra a mulher" é incompleto, pois separa a violência contra as mulheres dos demais". Um caso típico, foi a série de críticas propugnadas por um juiz de Sete Lagoas, Edilson Rumbelsperger Rodrigues, contra a lei, segundo ele, entre argumentos a respeito de Adão e Eva, "A vingar esse conjunto de regras diabólicas, a família estará em perigo, como inclusive já está: desfacelada, os filhos sem regras, porque sem pais; o homem subjugado."

Uma outra crítica vem do delegado Rafael Ferreira de Souza, ele afirma "Quantas vezes presenciei a própria mulher, vítima de uma ameaça ou de uma lesão corporal, desesperada (literalmente) porque seu companheiro ficaria preso.

Fonte: Wikipédia,25/11/2009

Direitos da mulher



 O termo Direitos da Mulher refere-se à liberdade inerente e reclamada pelas mulheres de todas as idades, direitos ignorados ou ilegalmente suprimidos por leis ou por costumes de uma sociedade em particular.


De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), são direitos das mulheres:


1. Direito à vida.
2. Direito à liberdade e à segurança pessoal.
3. Direito à igualdade e a estar livre de todas as formas de discriminação.
4. Direito à liberdade de pensamento.
5. Direito à informação e à educação.
6. Direito à privacidade.
7. Direito à saúde e à proteção desta.
8. Direito a construir relacionamento conjugal e a planejar sua família.
9. Direito à decidir ter ou não ter filhos e quando tê-los.
10. Direito aos benefícios do progresso científico.
11. Direito à liberdade de reunião e participação política
12. Direito a não ser submetida a torturas e maltrato.

Fonte: Wikipédia

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Mestre Bimba




Manoel dos Reis Machado, também conhecido como Mestre Bimba (Salvador, 23 de Novembro de 1899 - Goiânia, 15 de Fevereiro de 1974) criou a capoeira regional porque percebeu que a capoeira perdera seu valor marcial e estava se tornando apenas uma dança folclórica. Mestre Bimba tinha o intuito de criar não apenas uma luta, mas também um estilo de vida. Praticantes dessa arte se denominaram "capoeira". Além disso, Mestre Bimba também criou uma variação da capoeira regional, a Benguela.

Bimba empunhava regras para os praticantes da capoeira regional, sendo elas:

- Não beber e não fumar. Pois os mesmos alteravam o desempenho e a consciência do capoeira.

- Evitar demonstrações de todas as técnicas, pois a surpresa é a principal arma dessa arte.

- Praticar os fundamentos todos os dias.

- Não dispersar durante as aulas.

- Manter o corpo relaxado e o mais próximo do seu adversário possível, pois dessa forma o capoeira desenvolveria mais.

- Sempre ter boas notas na escola.

No vídeo de B. M. Farias "Relíquias da Capoeira - Depoimento do Mestre Bimba", o próprio Manuel comenta sobre os motivos que o fizeram se mudar para Goiânia. Depois, em uma reunião de especialistas em capoeira no Rio de Janeiro, explica-se mais sobre o nome do esporte, sobre a criação da capoeira de Angola e sobre esse lendário personagem chamado Mestre Bimba.

Fonte: Wikipédia,

Na Sombra




Um gosto de sol e sal
caminhando em minhas veias
posta eu relâmpago e turva
perambulando candeias
onde parte o nó wm mim
estremece eu mesma
que parto parto e parto
nos umbrais me encandeio
nas canecas de teu corpo
jorro espumas e instinto
espalho minhas espáduas
em a pele do teu ninho
busco busco e busco
das encostas as enseadas
pelos morros pelas vagas
teu peito ancas e nádegas
disto tudo me reclino
em baixo do céu profundo
mítico do olhar profundo
ou ex-votos da alvorada vinda

Ilumina




Espírito maior
que ilunina
cura-me de minha própria cura
tornai-me sã
de sandálias e sorrisos
tornai-me indefinida
na minha própria definição
soltai-me o peito
e os prantos
tai-me um imenso
acendei a minha chama
inflamada de martírios
para que contradizendo-me
eu me diga
a minha própria contradição
de ser aberta e marinho
procurando a luz do sol
eu quero viver criando
no meio da beleza
que existe dentro de cada um


 

Passa uma Borboleta




Passa uma borboleta por diante de mim
E pela primeira vez no Universo eu reparo
Que as borboletas não têm cor nem movimento,
Assim como as flores não têm perfume nem cor.
A cor é que tem cor nas asas da borboleta,
No movimento da borboleta o movimento é que se move,
O perfume é que tem perfume no perfume da flor.
A borboleta é apenas borboleta
E a flor é apenas flor.



Fernando Pessoa

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Amigos de verdade?




Amigos de verdade não sei se tenho,
Acredito na amizade verdadeira,
Mais no momento ela me falta!
Sinto saudade do que acontecia...
Conversas paralelas, discussões repentinas,
Gargalhadas gostosas, abraços apertados,
Risos sem graça, choros desesperados...
Ah, meus amigos...
Dizíamos frases feitas, mais no fundo eram mais que verdade...
Um simples: ”EU TE AMO” se tornava uma grande declaração...
Em momentos de desespero era deles, só deles o meu tempo...
Não tínhamos medo da má interpretação dos outros.
Para nós o que importa é o que sentiamos uns pelos outros...
Saudades de todos os olhares perdidos,
Porem encontrados por amigos de verdade.
Sei que com o tempo ficaremos perdidos entre si.
Quando nossos filhos perguntarem:
-Quem são essas pessoas?

Com muita saudade, porém orgulho, responderei:
-São meus velhos amigos!”
Com o tempo o contato será mais difícil
Porém em pensamentos estaremos sempre perto!


Beatriz Brum

Amor




O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p’ra ela,
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de *dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pr’a saber que a estão a amar!

Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar…


Fernando Pessoa

Soneto do Amigo



Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...

Vinicius de Moraes

Dia da Consciência Negra





Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de Novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira.

A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. Apesar das várias dúvidas levantadas quanto ao caráter de Zumbi nos últimos anos (comprovou-se, por exemplo, que ele mantinha escravos particulares) o Dia da Consciência Negra procura ser uma data para se lembrar a resistência do negro à escravidão de forma geral, desde o primeiro transporte forçado de africanos para o solo brasileiro (1594).

Algumas entidades como o Movimento Negro (o maior do gênero no país) organizam palestras e eventos educativos, visando principalmente crianças negras. Procura-se evitar o desenvolvimento do auto-preconceito, ou seja, da inferiorização perante a sociedade.

Outros temas debatidos pela comunidade negra e que ganham evidência neste dia são: inserção do negro no mercado de trabalho, cotas universitárias, se há discriminação por parte da polícia, identificação de etnias, moda e beleza negra, etc.

O dia é celebrado desde a década de 1960, embora só tenha ampliado seus eventos nos últimos anos; até então, o movimento negro precisava se contentar com o dia 13 de Maio, Abolição da Escravatura – comemoração que tem sido rejeitada por enfatizar muitas vezes a "generosidade" da princesa Isabel, ou seja, ser uma celebração da atitude de uma branca.

A semana dentro da qual está o dia 20 de novembro também recebe o nome de Semana da Consciência Negra.


Fonte: Wikipédia, 20/11/2009

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Crepúsculo





Os Sinos anunciam, em nostalgia,
A hora triste p´ra meditação;
Canta uma prece em cada coração,
Dizem os lábios rezando:~ Ave-Maria...

A sombra do silêncio morre o dia...
Vem a angústia da noite, a solidão.
Em tudo uma ternura, uma oração.
A luz da tarde, em última agonia.

Doce Lembrança, lânguida saudade;
Murmura n´alma a voz da consciência
A pedir mais perdão, mais piedade.

É essa hora santa, a hora boa
Do grande amor, da,fé da indulgência.
Em que Deus não castiga, mas perdoa.


Júlio Carlos

Amor - Perfeito





A mais mimosa flor, já pretendida
Em viçoso jardim de primavera
Busquei; talvez um sonho, uma quimera,
Amor-perfeito que enobrece a vida.

Onde estas? Onde estas? Flor escondida...
Respode triste a minha longa espera,
A mais esbelta e feminina hera.
Tremendo a voz, no orvalho umedecida.

"Quem mais exuberante foi outrora?!
Em umbrosovergel, cresceu floriu...
Diz a gentil vergôntea que inda chora.

Na corrida do tempo ele partiu...
Seguindo o seu destino foi embora...
Amor-Perfeito! quem jamais o viu!



Júlio CarlosPorto Carreiro

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Você



Você é todo o espaço
Ë o céu,a terra e o luar
Você é o verde traço
Que liga o céu ao mar!
Você é a branca espuma
Que se ergue do mar...
Você é a criatura
Que eu sempre hei de amar!
Onde uma estrela brilhar
Onde o azul do céu aparecer
Onde uma criança sorrir
Onde uma flor se abrir...
Eu vou te amar!!



(desconhecido)

Ao meu Amor




Ao meu Amor
Mesmo abrindo uma ferida
Dentro da alma, os golpes seus
No amor a muito de vida
E sempre um pouco de Deus...
De tanta frase bonita
Que a gente escuta ou lê
Sempre essa a mais bendita:
"Gosto muito de você"
Amor palavra que inspira
Todo um mundo de ternura
No fundo é a eterna mentira
Que não mata, mas tortura
Vem!!Apressa os teus passos
Morrendo estou de desejo ...
Com sede dos teus braços
E com fome dos teus beijos...


autor: desconhecido

O amor é fogo que arde sem se ver




 O amor é fogo que arde sem se ver
O amor é fogo que arde sem se ver
É ferida que dói e não se sente
É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer

É um bem querer mais que bem querer
É solitário andar por entre a gente
É nunca contentar-se de contente
É cuidar a quem se ganha em se perder

É querer estar preso por vontade
É servir a quem vence vencedor
É ter com quem nos mata ,lealdade
Mas como causa pode seu favor
Nos corações humanos amizade
Se tão contrario a si é o mesmo amor



Autor: Luiz Vaz de Camões

O Mar




Como entristece tua ausência
Ou das tuas máguas
O mar que deixas te, ó lua
Lua surgida das águas
Ó lua bendita
Que vens clarear
A sombra infinita
Da noite no mar
De todo céu luminoso
Sobre todo escuro do mar
Desce o alvor silencioso
Do luar...
E o mar sobre essa triste alvura
Desse lívido sudário
Ermo e vago se figura
Mais vago, mais solitário
Ó linda princesa
Que vens aumentar
A imensa tristeza
Da noite no mar...



(desconhecido)

Adeus Amor



Flor menina tão querida
Nunca mais penses em mim
Vou sair da tua vida
Pois a vida quis assim
Vou chorar a realidade
Nas esquinas da saudade
No coração do meu fim...
Mas não chore vida minha
Tenha sempre na memória
Dentre todas minha rainha
A beleza é tua gloria
Adeus meiga e doce amada
Linda flor da natureza...
Se queres minha jornada
Nos mares da incerteza
Um mar na tempestade
Naufragando na tristeza...
brisa mansa que me afaga
Ameniza os prantos meus
No horizonte o sol se apaga
Como a luz dos olhos teus...


Autor: desconhecido

domingo, 8 de novembro de 2009

Pablo Picasso


Biografia

Nasceu em Málaga (Andaluzia) e recebeu o nome completo de Pablo Diego José Francisco de Paula Juan Nepomuceno María de los Remedios Cipriano de la Santíssima Trinidad Ruiz y Picasso, filho de María Picasso y López e José Ruiz Blasco.

Em torno do seu nascimento surgiram várias lendas, algumas das quais Picasso se esforçou a promover. Segundo uma delas, Picasso nasceu morto e a parteira dedicou a sua atenção à mãe acamada. Só o médico, Don Salvador, o salvou de uma morte por asfixia soprando-lhe fumo de um charuto na face. O fumo fez com que Picasso começasse a chorar. O seu nascimento no dia 25 de outubro de 1881, às onze e um quatro da noite, seria assim descrito por Picasso aos seus biógrafos, que a publicavam de boa vontade.

Roland Penrose, um dos mais conhecidos biógrafos de Picasso, procurou nas suas origens a razão da sua genialidade e da sua abertura à arte, algo natural na compreensão de um gênio. Na geração dos seus pais são vários os vestígios. O seu pai era pintor e desenhista, de bem medíocre talento. Don José, dedicava-se a pintar os pombos que pousavam nos plátanos da Plaza de la Merced, perto da sua casa. Ocasionalmente, pedia ao filho para lhe acabar os quadros. A linhagem paterna possibilitou-se estudar até ao ano de 1541. Da descendência materna pesquisada, Dona María contava entre os antepassados com dois pintores. As feições de Picasso são também semelhantes às da mãe.

Os primeiros dez anos de vida de Pablo são passados em Málaga. O salário pequeno do pai como conservador de museu e professor de desenho na Escuela de San Telmo, a custo assegurava o sustento da família. Quando lhe ofereceram uma colocação com melhor remuneração no Instituto Eusébio da Guarda no norte do país, à hesitação sobrepôs-se a necessidade, e junto com a família, don José parte para a Corunha, capital de província à beira do Oceano Atlântico.

Os desenhos de infância de Picasso representavam cenas de touradas. Sua primeira obra, preservada, era um óleo sobre madeira, pintada aos oito anos, é chamada O Toureiro. Picasso conservou esse trabalho toda a sua vida, levando-o consigo sempre que mudava de casa. Anos mais tarde pintou outro quadro semelhante, A morte da mulher destacada e fútil. Picasso está zangado e rebelde. Este quadro é claramente uma expressão injuriosa da sua relação com a mulher.

A preocupação principal do pai com o pequeno Pablo era o seu aproveitamento escolar, mas nem por isso dispensou a oportunidade de fomentar o talento do filho. Desenhar foi desde cedo a forma mais adequada de Picasso se exprimir e, talvez por isso, secundário.

Recusa claramente o ensino usual, e encarrega-se ele próprio da sua formação artística. Com treze anos, e seguindo o modelo do pai, Picasso atingira já a perícia do progenitor (que também não era de grande refinamento). Ao contrário do que apontam algumas listas, Picasso era destro, como se pode ver no célebre documentário The Mystery of Picasso.

A família transferiu-se novamente, desta vez a Barcelona, na Primavera de 1895, e a prova de admissão na escola de arte La Lonja é feita com sucesso. Os trabalhos que deveria apresentar ao fim do mês, Pablo apresentava-os ao fim de poucos dias, ao cabo que o seu trabalho se destacava, inclusive, do dos finalistas. Com catorze anos, Picasso conseguia superar as exigências de uma conceituada academia de arte. Trabalhos académicos, que segundo o próprio, ao cabo de vários anos o assustavam. Os trabalhos que fazia colocavam-no na série de conceituados pintores de Barcelona, como Santiago Rusiñol e Isidro Nonell, e o seu quadro A Primeira Comunhão é exposto na célebre exposição da época na cidade. Apesar de ter optado por uma temática religiosa, este não deixa de ser um acontecimento privado, do plano familiar. Apesar de realista e de satisfazer as exigências académicas, por outro lado a obra acaba por ser uma tentativa de conbate ao convencionalismo.

O roubo de duas obras no Brasil

No dia 20 de dezembro de 2007, por volta das 5:00 horas da manhã, três homens invadiram o Museu de Arte de São Paulo (MASP), levando dois quadros considerados dos mais importantes do acervo: O lavrador de café de Cândido Portinari e Retrato de Suzanne Bloch de Pablo Picasso. O tempo para o roubo das duas obras de artes durou três minutos. O quadro foi recuperado dia 8 de janeiro de 2008 em Ferraz de Vasconcelos, Região Metropolitana de São Paulo, intacta. Dois homens foram presos.


 

Fonte: Wikipédia

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Saber Viver


Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura... Enquanto durar


Cora Coralina

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Cleópatra VII



Genealogia

Cleópatra VII nasceu em 69 a.C., na cidade de Alexandria, fundada por Alexandre, o Grande no delta do Nilo, e que nos séculos anteriores ao nascimento de Cristo desempenhou o papel de metrópole cultural, artística e económica do Mediterrâneo Oriental. Embora fosse egípcia por nascimento, pertencia a uma dinastia macedônica que se estabelecera no Egito em 305 a.C., quando o general macedônio Ptolomeu tomou o título de rei. Era filha do rei Ptolomeu XII Auleta e da rainha Cleópatra V; já foi suposto que a sua mãe seria uma das várias amantes do pai, e, segundo o geógrafo Estrabão, Cleópatra era filha ilegítima de Ptolomeu. Apesar da origem estrangeira da dinastia à qual pertencia, Cleópatra foi a única da sua dinastia a dominar a língua egípcia.

Sabe-se pouco sobre a infância e adolescência de Cleópatra, tendo recebido uma educação provavelmente esmerada. A lenda fez de Cleópatra uma mulher bonita e sexualmente liberta, mas as fontes antigas enfatizam a sua inteligência e diplomacia e consideram-na como uma mulher não muito bonita. Para além do egípcio, afirma-se que Cleópatra falava sete ou oito línguas, entre as quais o grego, o arameu, o etíope, a língua dos Medas, o hebraico e o latim. As fontes antigas também atribuem a Cleópatra a escrita de livros sobre pesos e medidas, cosméticos e magia.

Cleópatra foi também testemunha do reinado atribulado do pai. Ptolomeu XII, filho ilegítimo de Ptolomeu IX Latiro, era impopular entre a população de Alexandria e tinha-se mantido no poder graças ao apoio de Roma, pelo qual teve que pagar vastas somas de dinheiro, conseguidas através de pesados tributos impostos ao povo. Recebeu o epíteto de Auleta, "flautista", numa alusão ao seu gosto pela música, que parecia colocar antes das tarefas governativas. Em 58 a.C. o pai de Cleópatra refugiou-se em Roma, tendo a sua filha Berenice IV sido eleita como nova soberana, mas esta foi assassinada em 55 a.C., quando Ptolomeu XII regressou ao Egito. Outra filha de Ptolomeu XII, Cleópatra VI, desaparece em circunstâncias misteriosas, possivelmente morta

Fonte: Wikipédia,02/11/2009.

Há Momentos





Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.

Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.

O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.

A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre.


Clarice Lispector

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Nua




Nua
Na noite escura
Na minha pele reluz
A luz da lua

Prateando os pêlos
Alvoroçados
Do meu corpo
Adocicado

Com meus sabores
Te delicio
Com minhas mãos
Te afago

Então me sente
A flor da pele
Entre gemidos
Sussurrados

Nua
Na noite escura
Na minha pele reluz
A luz da lua

Helen Dante

Lua Cheia






Que bom que ainda posso ver a lua,

E senti-la piscando no efeito das minhas lágrimas

E ainda restam ao meu alcance uma ou duas estrelas

Mesmo estagnada no meu tempo, sinto o tempo passando através das nuvens.

Que não param de movimentar-se formando paisagens celestiais...Paisagens cósmicas...

Que bom que a forma quase circular da lua, não me lembra os círculos perfeitos das geometrias...

Mas, me lembra o movimento, e a vida...me lembra o novo.

Sinto cheiro de vida, através do vento, e das folhas do mamoeiro sacudindo

Sinto cheiro de vida...mesmo através da minha dor.


Rozane Suzart

Saber Viver


Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura... Enquanto durar


Cora Coralina

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Vaga, no Azul Amplo Solta




Vaga, no azul amplo solta,
Vai uma nuvem errando.
O meu passado não volta.
Não é o que estou chorando.

O que choro é diferente.
Entra mais na alma da alma.
Mas como, no céu sem gente,
A nuvem flutua calma.

E isto lembra uma tristeza
E a lembrança é que entristece,
Dou à saudade a riqueza
De emoção que a hora tece.

Mas, em verdade, o que chora
Na minha amarga ansiedade
Mais alto que a nuvem mora,
Está para além da saudade.

Não sei o que é nem consinto
À alma que o saiba bem.
Visto da dor com que minto
Dor que a minha alma tem.


Fernando Pessoa

Poema Esta Dor que me Faz Bem




As coisas falam comigo
uma linguagem secreta
que é minha, de mais ninguém.
Quem sente este cheiro antigo,
o cheiro da mala preta,
que era tua, minha mãe?

Este cheiro de além-vida
e de indizível tristeza,
do tempo morto, esquecido...
Tão desbotada e puída
aquela fita escocesa
que enfeitava o teu vestido.

Fala comigo e conversa,
na linguagem que eu entendo,
a tua velha gaveta,
a vida nela dispersa
chega à cama onde me estendo
num perfume de violeta.

Vejo as tuas jóias falsas
que usavas todos os dias,
do princípio ao fim do ano,
e ainda oiço as tuas valsas,
minha mãe, e as melodias
que cantavas ao piano.

Vejo brancos, decotados,
os teus sapatos de baile,
um broche em forma de lira,
saia aos folhos engomados
e sobre o vestido um xaile,
um xaile de Caxemira.

Quantas voltas deu na vida
este álbum de retratos,
de veludo cor de tília?
Gente outrora conhecida,
quem lhe deu tantos maus tratos?
Serão todos da família?

Ai, vou fechar na gaveta
a lembrança dolorosa
dos teus laços de cetim,
dos teus ramos de violeta,
do leque de seda rosa
com varetas de marfim.

As coisas falam comigo
numa linguagem secreta,
que é minha, de mais ninguém.
Quero esquecer, não consigo.
Vou guardar na mala preta
esta dor que me faz bem.

Fernanda de Castro

Poesia e dor em Oração






Choro o pranto da purificação
Mas a lágrima que não caiu em vão,
Não se espatifou em meu rosto
E nem sequer bastou ao meu sofrimento,
Brota e inunda minh’alma.

Ao calvário! Ordena-me a vida,
Crucifica a culpa que teu peito arrebenta
E divide com a poesia esse teu amargo pranto,
Mas meu deserto em sangue se desfaz
Escorrendo pelas áridas dunas de tempo perdido
E ele, inumano, povoa rios com a dor da mais pura ausência,
E mares com imensas ondas da minha mortificação.

Sacrificai-me Senhor!
A teus pés imploro.
Vinde a mim
a tua ira.
e leva a tua misericórdia
para quem tanto amo
e que tanto vos tem ofendido. Amém!



LÍGIA SAAVEDRA

OTeu Riso




Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.

Não me tires a rosa,
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.

A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver
que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas
as portas da vida.

Meu amor, nos momentos
mais escuros solta
o teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.

À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera , amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.

Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.

Pablo Neruda